“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” – I Cor 13: 4 a 8
“O que é ruim é que tudo está assim no mundo: o ódio que devora, a ira que nos torna seus prisioneiros e o rancor que nos envenena”. - Dom Notker
Wolf O botânico George Washington Carver (1864-1943) superou um terrível preconceito racial para estabelecer-se como um renomado educador americano. Rejeitando a tentação de ceder à amargura pela maneira como foi tratado, Carver escreveu sabiamente: “O ódio interior acabará por destruir aquele que odeia”.
No livro de Ester (leia o livro, é lindo e vale a pena), vemos como o ódio pode ser auto-destruidor. Mordecai, um judeu, se recusou a curvar-se diante de Hamã – que a si mesmo se fez digno de honra na corte persa. Isso irritou Hamã, que manipulou informações para fazer Mordecai e seu povo parecerem ameaças ao império (3,8-9).
Quando terminou de tecer suas intrigas, Hamã apelou ao rei persa para matar todos os judeus. O rei promulgou um decreto nesse sentido, mas, antes que ele pudesse ser cumprido, Ester interveio e o plano diabólico de Hamã foi revelado (7,1-6).
Enfurecido, o rei executou Hamã na forca que o intriguista havia construído para Mordecai (7,7-10).
Vejamos como a semelhança nas palavras de Carver e nas ações de Hamã; lembram-nos de que o ódio é destrutivo, em si mesmo.
A resposta bíblica é virar o ódio ao contrário e pagar o mal com o bem, mas confesso que isso não é fácil, na vida pratica. Paulo escreve em Rm 12:17 - “Não torneis a ninguém mal por mal...”, também disse: “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar a ira... Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” - Rm 12:19.
Ou seja, temos que fazer a nossa parte para viver bem e ela as vezes custa bastante, vejamos Rm 12:18 “... tende paz com todos os homens”.
Sem perdão, não é possível que uma pessoa se redima de seus sentimentos amargos, que transformam a vida em um inferno. Agindo assim, ou seja, não perdoando a gente assina um acordo de paz com o seu destino. E a magoa só cresce a cada dia. Como, diz Dom Notker Wolf, “Para mim, o perdão é uma vitoria em si mesmo” Não existe no mundo um sentimento tão sublime e tão poderoso como o amor.
